Recém tras a morte de Severo, em 1945, seu irmão menor Vicente teve a maravilhosa idéia de criar com esa coletânea de desenhos um museu onde o sorriso fosse permanente e o humor portenho, moeda corrente.
A exposição de originais caricaturas foi crescendo à medida que os autores dos desenhos, assim como quens tinham sido caricaturizados, começaram a doar trabalhos. Mas a morte de Vicente Vaccaro levou lamentavelmente a que tempo depois a casa de câmbio fosse demolida, pelo que o material em exibição trasladou-se à casa do pai da família, na rua Estados Unidos 2100.
Mudança com muito humor A sede
capitalina de Lima 1037, onde atualmente funciona o museu, inaugurou-se em 1981 graças a Luis Fernández Vaccaro (presidente da Fundação Severo Vaccaro) e ao historiador e humorista gráfico Oscar Vázquez Lucio, mais conhecido como Siulnas. Mas a fim da década de '90 a crise económica do pais obrigou ao museu a fechar as suas portas por três anos. A colaboração de Marcelo Niño, investigador do humor gráfico e da historieta, contribuiu à reabertura desse templo do humor.
O 18 de dezembro de 2002, com a presença de 90 desenhistas de todas as épocas, entre eles Garaycochea, Dobal e Solano López, o Museu da Caricatura disse novamente “presente”. Desde aquele momento, o visitante pode percorrer as seis salas de exposição permanente com as que conta o Vaccaro viajando no tempo desde 1898 até agora.
O piso térreo está destinado às salas 1 a 3, nas que tem trabalhos de final do século XIX até a década de '60; entanto que as salas 4 a 6, no andar superior, expõem-se obras da década de '60 até a atualidade.
Nos salões tem desenhos de Mayol e Eduardo Álvarez, entre outros, com originais de portadas da revista Caras e Caretas. Também encontramos desenhos de Divito, Faruk, Lino Palacio e desenhistas mais próximos como Caloi, Quino e Landrú.
Mas o mais importante é que esse museu não tem nada de estético. De maneira periódica realizam-se homenagens aos grandes mestres do humor argentino e também existem oficinas de historietas, ilustração, caricatura, humor gráfico e as inovadoras manga (termo japonês que significa “historieta”), através dos quais as novas gerações outorgam um novo poder ao lápis e o papel.